A Paróquia de Penajóia tem sabido manter uma relação muito estreita com os mais diversos meios de comunicação social, assumindo-os como uns dos meios privilegiados para evangelizar e tornar-se próxima de todos. O contexto de dispersão geográfica e a necessidade de mais facilmente fazer chegar a mensagem a todos, fez com que em janeiro de 1947 fosse publicado o primeiro número do jornal Ecos de Penajóia, pela criatividade e ousadia do P. Ilídio Augusto Fernandes. Nestes tempos difíceis, mas abundantes de generosidade e empenho tornaram este folhetim sólido e um marco histórico na identidade desta paróquia. Após a saída do P. Ilídio para Lamego, havia sido nomeado cónego da Sé de Lamego, Penajóia acolhe como seu pastor o P. Matias Ribeiro, com uma dinâmica pastoral muito própria alimentou uma consciência eclesial e um compromisso de fidelidade à Igreja, através da catequese e dos movimentos apostólicos, o Apostolado de Oração, Ação Católica, entre outros. Nesta fase, ainda se publicaram alguns números, mas aos poucos acaba por deixar de ser publicado. Em 1978, com o P. Armando Ribeiro, um apaixonado pela arte jornalística, dá um novo impulso ao Jornal Ecos de Penajóia. Surge a 2ª série do Ecos e, até hoje, não mais se deixou de publicar.
Torna-se fácil reescrever a história desta comunidade, sendo apenas necessário debruçarmo-nos sobre os muitos números publicados e deliciarmo-nos com as abundantes histórias de Fé, Vida e de luta desta comunidade duriense. O Ecos de Penajóia foi vencendo as contrariedades ao longo do tempo, ausência do porte pago, aumento dos custos de impressão, a inexistência de subsídios de apoio à imprensa regional, a diminuição do interesse pela leitura, que não foram suficientes para derrubar a dedicação dos diversos diretores e párocos, o interesse dos leitores e empenho dos colaboradores permitindo que, o Ecos, continue a ser um dos principais meios de comunicação entre as gentes desta terra e aqueles que tiveram de se deslocar para outros pontos do país ou do mundo.
As sociedades vão evoluindo, assim como a forma de comunicação. Estamos na era digital onde a comunicação se torna mais fácil, rápida e económica. Não queremos dizer que seja melhor, é diferente. Se outrora os nossos antepassados deram origem ao jornal, hoje teremos de ser nós a incluir a paróquia na tecnologia digital.
O sonho pairava no nosso espírito há algum tempo, mas tornou-se mais concreto com a disponibilidade do Philippe A. Xavier Paulo e da sua esposa Mª Graça S. S. C. Xavier Paulo. No batismo do seu último filho confidenciaram-nos: – Senhor Padre queremos colaborar com a nossa paróquia, disponibilizamo-nos para criar uma página de internet. Aceitamos o desafio e, aos poucos, fomos agilizando, refletindo e investigando o modo de colocarmos em prática este projeto. Neste entretanto, somos invadidos pela Pandemia da Covid 19. O mundo recolhe-se em casa e a internet vê crescer a sua importância e utilidade. A paróquia cria um canal no Youtube, Ecos Penajóia, onde semanalmente partilha a reflexão de domingo. A necessidade de termos uma plataforma, onde se possa reunir toda a informação paroquial e pastoral, torna-se cada vez mais imperiosa. O trabalho para terminar a construção da página intensifica-se e, eis chegada a hora de a apresentamos à comunidade, aos nossos amigos e a todos os leitores do Jornal Ecos. Desejamos que este espaço seja também de partilha, de evangelização, de colaboração, de reflexão e de informação da vida pastoral desta paróquia. O Jornal Ecos continuará a ser editado, a página web não lhe tira a sua missão, nem chega onde a escrita mais facilmente penetra dando origem à introspeção e à intemporalidade ao registar, com o grafismo da sua pena, traços de cultura e de fé características indeléveis para a construção da história e das tradições de um povo. Queremos registar, por fim, a nossa gratidão a todos e a todas que continuam a edificar comunidade tornando esta Igreja uma verdadeira Família em Caminho e Comunhão. Aproveitem esta plataforma, recorram a ela muitas vezes e saboreiam as propostas que nela serão partilhadas.