O Ecos lançou um desafio aos seus leitores pedindo-lhes que partilhassem as suas vivências neste período de confinamento através de três questões: 1) Como tem vivido a Fé neste tempo? 2) Qual a maior dificuldade sentida durante esta Pandemia da Covid 19? 3) O que mais deseja realizar após desaparecer o perigo de contaminação?
IREI ABRAÇAR O MUNDO
Inês Cardoso e família, Molães
Durante este período de confinamento as coisas realmente complicaram-se e, em termos de fé, tivemos de adaptar outras formas para conseguirmos chegar a Deus sem irmos à Eucaristia. Por isso, todos os Domingos, ouvimos a missa a partir do telemóvel, e rezámos, às vezes, durante noite.
A maior dificuldade durante esta fase, foi o fato de estarmos proibidos de sair de casa e isso realmente é muito diferente do que estávamos habituados a fazer e tornou-se muito mais exaustivo e intolerante. Por exemplo, nem todos têm trabalho, não podemos ver as pessoas que gostamos e não podemos dar nenhum tipo de carinho.
Tenho total certeza de que quando acabar esta Pandemia nós iremos sair mais, irei abraçar quem puder milhares de vezes, poderei voltar à igreja, poderemos respirar o ar puro sem nada para impedir. Irei sair de casa para andar mais e com certeza rever todas as pessoas as quais tive tempo de me despedir, quando isto começou. E claro também irei regressar à escola, porque realmente faz-me muita falta e acho que é muito melhor do que termos de ficar em cada sem podermos ver ninguém.
(artigo completo e com outros testemunhos disponível in Ecos de Penajóia, Ano 53, nº 608, 29 de maio de 2020)