
1 – Páscoa. Após dois anos limitados nas celebrações devido à Pandemia, este ano pudemos, apesar das regras impostas, celebrar a Páscoa. É certo que muitas famílias ainda não se reuniram como nos anos pré-pandemia, no entanto, sentimos um aumento de pessoas que regressaram à sua terra natal para, em comunidade, celebrar a Páscoa. Na nossa comunidade, as celebrações da Instituição da Eucaristia e Lava-pés, a Via Sacra, a Vigília e o Domingo de Páscoa são vividas com muita intensidade. A Via-Sacra foi o acontecimento que envolveu um maior número de pessoas. Os nossos jovens, através da criação de alguns quadros bíblicos, tornaram a Via-Sacra um momento de oração. A comunidade está de parabéns pela dignidade com que participou e pelo silêncio criado. O Domingo de Páscoa, com a Eucaristia e Visita Pascal, foi outro momento vivido num espírito de oração. Desta vez, mesmo sem o beijar da cruz, sentimos que as pessoas viveram intensamente a oração proposta e rezada em cada casa. A Páscoa e o anúncio de Cristo Ressuscitado, também se concretiza pela forma com que fomos capazes de viver cada um destes momentos comunitários.
2 – Crisma. A celebração do Sacramento do Crisma ou Confirmação integra o ciclo dos três Sacramentos da Iniciação Cristã, essenciais à identidade e vivência cristã. Estes três sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo, Eucaristia e Confirmação tornam o Cristão mais forte e comprometido. São como que um selo visível no rosto, uma marca inviolável que fica sempre no coração de cada crente.
O ritmo de catequese, proposto pela Conferência Episcopal Portuguesa, afirma que a catequese deve englobar dez anos de formação, no final dos quais, e atendendo às circunstâncias locais, se celebre o Sacramento do Crisma. É, por isso, conveniente que haja sempre uma preparação para a celebração do Crisma, mesmo após os dez anos de formação dos nossos adolescentes. A nossa comunidade tem vindo a preparar esta celebração, associada também à preparação da Jornada Mundial da Juventude 2023, em Lisboa. Num dos encontros foi colocada a questão: para quê ser crismado? As respostas não se fizeram esperar: para ser padrinho/madrinha, para me casar, porque todos fazem, porque já fiz os dez anos de catequese e, lá no meio, alguém diz para conhecer mais e melhor a Jesus.
As respostas dos nossos adolescentes não nos devem surpreender. Aliás esse é também o modo de viver de muitos dos nossos cristãos e seus pais. Vou à missa, sou cristão, batizo os filhos ou celebro o sacramento do matrimónio porque Sim. Não há um compromisso para uma igreja sinodal. Para ter mais um carimbo e dar-me a possibilidade de…
Os Sacramentos são uma dádiva de Amor de Deus para com a Humanidade. Não olhemos para eles como uma circunstância de momento ou como algo que posso possuir ao jeito de curriculum. Aproximemo-nos deles porque queremos amar mais a Jesus, viver mais intensamente o seu Amor e Perdão. Na verdade, só deveria pedir o Sacramento do Crisma aquele que quer ser melhor Filho de Deus, participando na vida comunitária.
3 – Maio. Iremos iniciar o mês de Maria. Durante este mês, em muitos dos lugares de culto e em muitas das nossas famílias, iremos rezar o terço. Alguns peregrinos deslocar-se-ão, a pé, ao Santuário de Fátima. Na nossa comunidade também iremos viver, este mês, voltados para Maria. Em cada terça feira e em cada sábado seremos convidados a rezar o terço em comunidade. Não faltemos ao convite e sintamo-nos todos envolvidos a rezar pela Paz.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 628, 29 de abril de 2022.