
1 – Advento. A espera de um convidado, faz com que tenhamos uma acrescida preocupação, para que aquele que vem se sinta bem em nossa casa. O ciclo do Advento e Natal é o tempo de preparação da Visita das Visitas. A maior e a mais importante das visitas. Deus vem visitar-nos! E estamos ansiosos, com pressa, para que Ele chegue! Maria é a primeira a ser visitada por este mistério de Amor, que não o guarda para si, mas apressadamente o quer a dar a conhecer a Isabel e nela a cada um de nós. Este tempo de Advento é, por isso, o tempo propício para deixarmos que Deus nos visite e faça de cada um de nós sínodo.
“Os cristãos, escrevia Santo Inácio de Antioquia nos primeiríssimos anos do séc. II, são sínodos entenda-se: aqueles que caminham uns com os outros. Escreveu ele: «Sede todos sínodos (companheiros de caminho), portadores de Deus e portadores do templo, portadores de Cristo, portadores do Espírito, em tudo adornados com os mandamentos de Jesus Cristo (Ad Ephesios 9,2; PG 5, 652). Portanto, queridos jovens, famílias, cristãos e homens e mulheres de boa vontade, sede sínodos, e não vos limiteis a fazer sínodos! (…) Já sabemos, portanto, que temos de ir com Jesus. Sem Jesus, não vamos a lado nenhum, e não podemos acender senão fogos-fátuos!” (D. António Couto, Carta Pastoral 2022, nn 8 e 9). Agarremos este desafio, para este tempo de Advento e de Natal e vivamos as propostas apresentadas nas nossas plataformas digitais: Deus visita-te. Sê Sínodo.
2 – Bodas de Prata. No passado dia vinte e três de novembro celebrei os meus vinte e cinco anos de vida sacerdotal. O dia foi passado, como o fazemos desde o primeiro aniversário, com os sacerdotes ordenados (sete em 1997, entre os quais o P. Rui Borges, e atualmente seis a exercer o ministério sacerdotal) e as nossas famílias. Desta vez quisemos celebrar a Eucaristia, na Igreja onde fomos ordenados sacerdotes, Sé Catedral de Lamego e almoçámos num restaurante da cidade. É um dia belo, pela grandeza do Ministério Sacerdotal que trazemos nas nossas mãos frágeis e pela alegria do convívio que proporcionamos às nossas famílias. É um dia de Oração, de Louvor e de Ação de Graças pela Vida e pela presença infindável de Deus na nossa missão. É um dia inesquecível e ao qual ninguém falta, ainda que possamos ter múltiplos afazeres. É um dia íntimo e vivido de forma muito privada. No entanto, vinte cinco anos são uma etapa, uma oportunidade para recarregar baterias, permitir uma reflexão sobre a beleza do sacerdócio e celebrar comunitariamente o mistério do Serviço. Foi com este propósito que aceitei que a minha comunidade se envolvesse na comemoração das minhas Bodas de Prata. Numa manifestação espontânea as pessoas envolveram-se com alegria, empenho, espírito de sacrifício para que este momento fosse de todos e para todos. Foi fantástico ver as crianças, jovens, famílias, grupos corais, zeladoras, leitores, emigrantes, idosos, doentes, isto é, toda a comunidade, crente ou menos crente envolver-se com tanto carinho e amor. Quase tudo foi escondido de mim tornando o momento ainda mais único e especial. Se o dia da minha ordenação e missa nova foi dos dias mais felizes, o que celebrei e vivi no dia três de dezembro é seguramente a confirmação da minha entrega a Deus. Por isso, só tenho nesta hora uma única palavra, Bem Haja Paróquia de Penajóia, por me ajudares a ser melhor Padre.
3 – Mundial. Ainda não foi desta vez que a taça do Mundial veio para Portugal. Temos uma geração de excelentes jogadores e com certeza nos darão muitas alegrias. Mas não nos esqueçamos que há mais vida para além do futebol, como a nossa Santidade, e aqui teremos de ser os melhores. Ser campeões
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 56, nº 635, 16 de dezembro de 2022.