1 – Quaresma. Iniciamos o tempo da Quaresma que nos leva à celebração da Páscoa. A Quaresma não é uma festa, nem a celebração de algo. A Quaresma é essencialmente um tempo de preparação. A Quaresma perderá todo o sentido se ela apenas se tornar num acontecimento, em vez de ser um tempo de preparação. Quando vamos a uma festa ou a algum acontecimento social preparamo-nos da melhor forma. Vestimos a melhor roupa, arranjamos o cabelo, tornamos o nosso corpo e rosto mais agradável e com bom aspeto. A Quaresma é precisamente este tempo para escolhermos a melhor veste, os melhores acessórios para a grande Festa da Páscoa. A Festa é tão grande e importante que vai durar cinquenta dias, da Páscoa ao Pentecostes.
Viver a Quaresma é assumir estes quarenta dias como um retiro, um deixar-se levar pelos desafios que Deus quer apresentar à nossa vida, é ir ao mais fundo de nós mesmos para limparmos e retirarmos o que é velho, o que nos impede de fazer Festa, de estarmos felizes com a família e amigos, de celebrar Páscoa, a Ressurreição de Jesus.
Este percurso está cheio de oportunidades, oração, penitência, reconciliação e a prática da caridade. São muitas a propostas que temos ao nosso alcance, as que disponibilizamos na nossa página de internet ou Facebook e, tantas outras que abundam nos mais diversos meios de comunicação social. Não deixemos que a Quaresma passe ao lado da transformação da nossa vida.
2 – Vacinas. Ao longo do mês de fevereiro fomos bombardeados com notícias de pessoas, que não sendo dos grupos prioritários para a toma da vacina, acabaram por ser vacinados. As razões apresentadas, pelas pessoas que tomaram a vacina indevida, foram muitas e variadas. Umas mais válidas, e com retas intensões, dos que outras. Uma das questões colocadas foi, estes devem ou não tomar a segunda dose? Se a primeira dose foi tomada de forma ilegal, se a lei descreve de forma clara o que se deve fazer para evitar desperdício e a quem se deve vacinar no caso de sobras, se queremos contribuir para a criação de uma cidadania responsável e solidária com os mais vulneráveis, se somos defensores de uma sociedade justa e honesta, se não aceitamos qualquer forma de corrupção ou favorecimento, os prevaricadores, não deviam tomar a segunda dose. Se o primeiro ato é mau, não podemos aceitar que se repita um segundo ato mau, dando a segunda dose aceitando, desta forma, que a lei possa ter uma interpretação subjetiva e ao interesse de cada um. Deixamos que um mal tome lugar do um bem maior.
3 – Caritas. Uma vez mais a Caritas Nacional e Diocesanas, sairão prejudicas ao não poderem realizar o seu Peditório Anual nas celebrações litúrgicas do terceiro Domingo da Quaresma. São cada vez mais as pessoas a necessitar de ajuda, por causa desta Pandemia. Todos temos oportunidade de contribuir com o nosso donativo, entregando ao pároco que o fará chegar à Caritas ou realizar o donativo diretamente na página da Caritas: www.caritas.pt. Não deixemos de exercer deste modo a caridade.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 54, n.º 616, 4 de março de 2021