1 – Quaresma. A celebração do Natal já lá vai e estamos a caminho do V Domingo do Tempo Comum. Em breve iniciaremos o Tempo da Quaresma que tem o seu início no dia 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas. Ao longo de quarenta dias seremos convidados a viver um tempo de Penitência, Jejum, Oração e Esmola. Um tempo para olhar no mais fundo da nossa essência e da nossa vida, para iniciarmos um processo de renovação, conversão e transformação. A Quaresma é tempo favorável para, através de diversas formas, renovarmos a nossa fidelidade cristã. O gesto de imposição das cinzas, na Quarta-Feira de Cinzas, leva-nos a tomar consciência da nossa condição de pecadores. A Quaresma é tempo propício para o aprofundamento do desígnio de Deus sobre cada um. É tempo para crescer na nossa relação com Deus e com os nossos irmãos através da partilha e da renúncia a tantas coisas que são supérfluas. Nesta Quaresma, e seguindo a dinâmica do Advento, seremos convidados a subir a Jerusalém, imitando Jesus e os seus discípulos. Uma subida que exigirá de cada um, esforço para abandonar todos os resquícios de egoísmo, injustiça, superficialidade e pecado para, na Cruz Redentora, nos encontramos com o Deus que cura todas as feridas tornando-nos mensageiros da Paz e do Amor. Aproveitemos este tempo de graça participando nas diversas celebrações litúrgicas que nos ajudarão nesta caminhada quaresmal e na luta constante contra o mal e suas tentações.
2 – Lepra. No último domingo da janeiro celebramos o Dia Mundial da Luta contra a Lepra, designada de doença de Hansen. A Lepra é uma doença infeciosa crónica que atinge o sistema nervoso, especialmente os nervos das partes mais frias do corpo: mãos, pés e rosto. A comemoração deste dia tem como objetivo consciencializar as pessoas sobre a hanseníase ou doença da lepra. Esta data foi escolhida pelo humanitário francês Raoul Follereau e é celebrada desde 1954. Apesar de o número de pessoas com esta doença estar a diminuir, o fato é que ela continua a ter um estigma, marginalizando e afetando essencialmente os povos mais pobres. Este dia deve também servir para continuarmos na luta contra tantas doenças que afetam os mais desfavorecidos, sensibilizando para que a humanidade crie uma cultura de integração, de apoio espiritual e de cuidados de saúde para a doenças que marginalizam.
3 – Corrupção. Aproximamo-nos das eleições legislativas e com elas aumentam os casos de corrupção exercidos pelos nossos políticos. A atitude responsável e ética de quem foi escolhido para nos governar parece esfumar-se nas amarras dos interesses pessoais e corrupção. Só há uma forma de vencer este mal, é assumirmos uma atitude de luta contra a corrupção a começar no contexto das nossas famílias.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 58, nº 646, 31 de janeiro de 2024