
1 – Férias. Os meses de verão são caracterizados essencialmente como os meses para se ter férias. É certo que nem todos podem disponibilizar deste período para realizar as suas férias. No entanto, elas são essenciais para o equilíbrio social, a saúde mental, o bem-estar familiar e a manutenção dos bons níveis de produção laboral, independentemente da época do ano em que possam ser gozadas.
Na verdade, ainda que as férias fi quem reduzidas a quinze dias seguidos, elas representam aproximadamente 4% do ano de trabalho. O ano tem 52 semanas, se lhe retirar duas semanas ficaremos, ainda, com 50 semanas para trabalhar e desenvolver as diversas atividades.
As férias, por si mesmas, não criam descanso, não restabelecem as energias, nem favorecem os momentos para, lermos e estarmos com pessoas diferentes e que nos fazem bem. Um bom período de férias requer esforço da parte de quem as vive. Em primeiro lugar, desligar-se das suas preocupações laborais, no regresso tem tempo para reprogramar; reduzir o acesso às redes sociais, notícias e emails; valorizar a alegria de estar com a família e amigos, num ambiente são e descontraído; contemplar a beleza da natureza como a criação de Deus; criar tempo para a introspeção, reflexão ou meditação; não ocupar demasiadamente os dias de férias com atividades que o deixarão mais cansado e vazio; assistir a um momento cultural, concerto, filme ou teatro e permanecer atento às pequenas coisas e pormenores que possam surgir nesse tempo de descanso. Boas férias. Que elas sejam um tempo de descanso com Deus.
2 – Santíssimo Salvador. Desta vez foi possível realizar a festa de Santíssimo Salvador com tudo o que é devido. As celebrações de preparação, as confissões, a adoração ao Santíssimo Sacramento, a Eucaristia com a presença da Banda Filarmónica de S. Cipriano “A Nova”, a Procissão, os bombos e os conjuntos musicais. Tudo faz parte da festa, sobretudo quando se realizam as coisas com seriedade, empenho, espírito de serviço e num ambiente de família. Este ano sentimos que existiu uma boa participação das pessoas e a vontade de celebrar e de fazer festa. É certo que vivemos dois anos de Pandemia, onde fomos impedidos de realizar muitas coisas, inclusive a nossa festa. Mas também é verdade que nem tudo voltou à normalidade da pré-pandemia. No caso da nossa Festa de Santíssimo Salvador, tudo foi melhor em relação aos anos anteriores. Podemos sempre dizer, foi melhor porque as pessoas estavam sedentas, estavam com saudades da Festa, querem voltar a viver as suas tradições. Não anulo esta influência, mas o trabalho na construção de uma Igreja mais unida, mais família, mais comprometida com aquilo que é de todos, mais disponível para colaborar, mais próxima de todos aos poucos começa a dar os seus frutos. Tenhamos nós todos a capacidade de continuar este processo, tornando a nossa comunidade mais feliz e peregrina de Deus. Cada homem, cada mulher, criança, jovem ou velhinho, da nossa comunidade, são os verdadeiros atores desta renovação para uma Igreja Sinodal.
3 – Peregrinação. No dia 8 de julho a nossa paróquia recebeu os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora, num ambiente de fé e de alegria. A emoção fez-se sentir ao tocarmos os símbolos pelos quais vários Papas e cristãos já tocaram. São relíquias porque muitos cristãos que por elas passaram são mártires ou santos da Igreja. O pequeno grupo de jovens da nossa paróquia recebeu os símbolos com grande entusiasmo e, com maior alegria sente agora vontade de se preparar é participar na próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2023, em Lisboa. A comunidade sente-os atuantes e presentes. Os seus rostos estão em muitos dos momentos da vida paroquial. Agora teremos de ser todos, paróquia e famílias, a colaborar com os nossos jovens e a dar-lhe coragem para testemunharem a sua Fé.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 631, 12 de agosto de 2022.