
1 – Sínodo. Inicio este texto no dia em que o Relatório Síntese, versão final, é apresentado a todos os participantes deste Sínodo dos Bispos, nas versões originais em Italiano e Inglês, para que individualmente possam ler cada capítulo e parágrafo deste Relatório. Nesta mesma tarde, o Relatório Síntese será lido na íntegra, de modo que possa ser relido agora colegialmente pela Assembleia. Isto será seguido de votação eletrónica, que permitirá que as pessoas votem cada parágrafo individual do texto. A votação é anónima e cada parágrafo é aprovado com maioria de dois terços dos membros presentes na votação. No domingo, dia 29 de outubro, às 9 horas, hora de Portugal, celebra-se a Eucaristia de encerramento desta primeira Assembleia do Sínodo, sendo apresentado ao mundo o Relatório Síntese. A próxima Assembleia será em outubro do próximo ano, com três semanas de trabalhos. Ao longo deste ano as diversas comunidades cristãs irão refletir neste Relatório e aplicar a sinodalidade e corresponsabilidade, fazendo bom uso das possibilidades já previstas no Direito Canónico, para envolver os jovens, as mulheres e os diáconos. A Madre Angelini, monja beneditina, participante no Sínodo como assistente espiritual, afirmou o caráter “revolucionário” do sínodo, “uma mudança de ritmo na vida da Igreja, no sentido da inclusão nas presenças”, com “um raio de abertura na capacidade de escutar as diferenças, na capacidade de olhar a realidade, num momento complexo da história, indecifrável, que pede à fé uma visão a partir da perspetiva mais elevada, na qual a presença de Deus se torna carne”. O Sínodo deu um passo na forma como a Igreja se deve apresentar ao mundo, Igreja de Comunhão, de diálogo, sensível ao sentir de cada um e de cada uma, pronta para escutar e aprender juntos.
Em mesas redondas, no mesmo espaço de diálogo, estiveram jovens, mulheres, bispos, convidados especiais, assistentes espirituais, religiosos e religiosas, membros de outros ritos da Igreja Católica e de outras confissões religiosas com um único objetivo perceber como ser Igreja de uma nova maneira, como ser igreja que ouve e cujos membros ouvem uns aos outros em diferentes culturas, tradições e ao longo do tempo. Ser Igreja e aprender a tomar decisões juntos ouvindo todos. É evidente que tudo isto implica, em primeiro lugar, um novo modo de estar em Igreja, participando na mesma Igreja de modo comprometido, e não apenas em part time, estando disponível para participar nas diversas manifestações religiosas, mas também ajudando na concretização das mesmas. Em segundo, estar na Igreja com o mesmo sentir de Jesus, aceitar a diferença do outro, deixar de olhar para a Igreja como um “eu” para a pensar como um “nós”, promovendo espaços, tempos de escuta, oração onde todos, a começar pelos jovens, se sintam chamados, incluídos, aceites e atraídos no processo de conversão eclesial. Ser Igreja é também um compromisso que se assume de querer contribuir para um mundo mais solidário e feliz.
2 – Novembro. Aproximamo-nos do mês das almas, da Solenidade de Todos os Santos e da Comemoração dos Fiéis Defuntos. Nestes dias abundam nos nossos cemitérios, flores, velas, sinais de saudade pelo familiar ou ente que já partiu. Os cemitérios enchem-se de vida nestes dias, mas ao longo do ano, muitos dos túmulos ficam esquecidos, e mais esquecidos ficam das nossas orações.
3 – IUC. Quem não gostaria de ter um carro novo, com conforto, útil para o que desejamos e económico? Todos, penso eu. Se alguns não adquirem carro novo é porque ainda tem muitas dúvidas sobre os carros elétricos ou porque não possuem capacidade financeira para proceder à troca. Seria mais correto dizer que o aumento do IUC é por necessidade de receita fiscal, do que apregoar como um incentivo à compra de carro elétrico.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 57, nº 644, 31 de outubro de 2023.