
1 – Plano Pastoral. O ano de 2023 será muito importante para o dinamismo da Igreja em Portugal, motivado pela vivência da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os olhos do mundo estarão voltados para Lisboa, onde se espera que muitos jovens se reunirão à volta do Papa Francisco. É um acontecimento único e que marcará a vida de todos os cristãos. O nosso Bispo, optou por assumir, como lema Pastoral para este ano, o tema da JMJ: Maria levantou-se e partiu apressadamente. O mesmo será aplicado à dinâmica Pastoral da nossa paróquia. A hora da partida é urgente. Deve ser já, hoje! É hoje que todos somos chamados a sair do conforto das nossas vidas, do comodismo, da vergonha, da indiferença, do domingo cheio de coisas e vazio de Deus, da preguiça, do medo… para fazer algo de bom e belo. A pressa de Maria centra-se essencialmente em duas perspetivas. Por um lado, na preocupação de Maria em visitar Isabel, para lhe fazer companhia e provavelmente para a ajudar nas tarefas domésticas. Por outro, e talvez o primeiro motivo, para levar a Boa Notícia do Nascimento do Salvador, o Messias. A alegria que Maria sentiu com a Anunciação do Anjo, não podia ficar retida no seu coração. Este Anúncio impôs a partilha. Explodindo de Alegria e da presença de Deus no seu seio, Maria quis entregar a Isabel a feliz notícia. Deus não quer ficar aprisionado na nossa vida, quer que através da nossa vida testemunhemos, anunciemos, partilhemos as maravilhas de Deus. Este será o nosso desafio: Levanta-te e apressadamente partilha Deus que trazes no teu coração, com os que mais dispersos encontrardes. Levanta-te, porque é hoje que deves iniciar a fazer o bem!
2 – Jubileu Sacerdotal. Em breve celebrarei os 25 anos de vida sacerdotal, no dia 23 de novembro de 2022. E, mais uma vez, irei celebrar como sempre o fiz ao longo destes anos, junto com os meus seis condiscípulos que, neste dia, também celebram o seu jubileu. Ano após ano o Amadeu, o António Sérgio, o Basílio, o José Fernando, o Paulo e o Rui, reúnem-se em algum lugar desta Diocese e, juntamente com os seus pais, celebram a Eucaristia de Ação de Graças e confraternizam com um almoço. Os anos vão passando, mas o dinamismo, o entusiasmo, a alegria, o espírito de serviço, o amor e a missão permanecem os mesmos. Os nossos pais vivem este momento com um sentido de redobrada responsabilidade, porque foram e são a raiz forte e firme destas vocações sacerdotais, pela oração e preocupação constantes. Sim, os padres também têm uma família, os padres também se recolhem e recuperam a sua vitalidade junto da sua família, os padres são humanos sentem emoções e partilham sentimentos. As fragilidades da vida retiraram-nos os pais do António Sérgio e o pai do Rui que, agora, repousam junto de Deus. Sei e tenho a certeza que viverão este dia muito mais felizes, e nós, sentiremos a força das suas intercessões junto de Deus.
3 – Guerra. Numa guerra ninguém sai em vantagem, todos são prejudicados. Os que dão o corpo às balas voluntariamente ou forçados, os que veem as suas casas e ruas destruídas, os que sofrem com os danos colaterais pelo aumento da inflação, da subida dos custos da energia e dos bens alimentares, os mais pobres, os que estão longe e os que fogem… Todos perdem, não há vencidos. No entanto, ainda continuamos a construir guerrinhas e lutas sem sentido.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 632, 30 de setembro de 2022.