A vivência das celebrações Pascais para a Igreja Cristã teve neste ano 2022, entre nós, uma alegria mais expressiva de esperança, não só, porque já não se realizavam há dois anos motivado pela doença contagiosa do COVID, mas também por causa das emoções de uma guerra devastadora e mortífera a acontecer na nossa Europa.
Páscoa é sempre tempo de esperança num Deus que ama a Humanidade tendo-se mesmo deixado imolar para A redimir com a Sua Ressurreição. Páscoa dos Cristãos significa passagem a uma vida nova, libertados do pecado pelo sacrifício de Jesus.
E, assim, as cerimónias religiosas na nossa Comunidade de Penajóia foram tão intensas e tão partilhadas que causaram mote de conversa nas pessoas com uma forte mobilidade para participar, colaborar e ajudar. Houve um convite para se colocarem cruzes junto às habitações devidamente enfeitadas na Quaresma assim como em Dia de Páscoa. Penajóia movida pela fé e pela esperança cedeu ao convite e vimos muitas cruzes enfeitadas com muita criatividade. (…)
Na Quinta Feira Santa com o início do Tríduo Pascal vivemos na Igreja Paroquial a cerimónia da Instituição da Eucaristia com o cerimónia do Lava-Pés, a exemplo de Jesus na Última Ceia onde se apresentou aos Apóstolos como um “servidor” de todos e não como um “Senhor”.
A Igreja foi arranjada para a Solenidade do Dia dispondo a Mesa do Altar no centro da assembleia presente, como que todos fossemos Apóstolos à volta de Jesus para connosco partilhar a Sua despedida, a Sua transmissão da Palavra, de Poderes Espirituais e sobretudo o mistério da entrega de Si Mesmo para nos salvar. (…)
Na Sexta-Feira Santa, Penajóia teve a Via Sacra que é uma tradição secular entre o lugar do Rossaio e a Igreja de Santíssimo Salvador. (…)
Na Eucaristia da Vigília Pascal onde se proclamou a Ressurreição de Jesus celebraram-se a Liturgia da Luz com a preparação do Círio, a Liturgia da Palavra com as leituras da Ressurreição, da Liturgia Batismal com a bênção da Água e a Liturgia da Eucaristia.
No Domingo de Páscoa pela manhã, na Igreja Paroquial e antes da Eucaristia fez-se a Procissão do Santíssimo.
No fim da Eucaristia, o Pároco procedeu à cerimónia do Envio dos quatro grupos que iriam em seu nome levar a todas as casas da Paróquia a boa notícia de Cristo Ressuscitado com a Cruz devidamente preparada que, pela tradição já levava cerejas maduras. Partiram depois do pequeno-almoço com anúncio de foguetes. (…)
Artigo completo disponível em: Maria Teresa Felisberto, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 628, 29 de abril de 2022.