Numa conversa, muito próxima e informal, fomos convidados a acolher os migrantes que chegam às nossas comunidades, assim, como aqueles que procuram estas terras para adquirir uma segunda habitação. Alguns são estrangeiros, trazem consigo cultura, religião e modos de viver diferentes. Isto não deve provocar receios ou medos, mas ser um bom motivo para nos abeirarmos destas pessoas convidando-as a participar nos nossos acontecimentos comunitários e aí encontraremos muitas semelhanças com eles e estreitaremos laços de amizade.
O tempo também permitiu para partilhar-nos outras realidades da nossa Diocese, muito diferentes da nossa. Se na nossa paróquia encontramos algumas crianças e jovens, outras há em que a pessoa mais nova tem sessenta anos. Esta realidade também pode bater à nossa porta, teremos que estar preparados para tal e encontramos soluções para que a ninguém falte a assistência religiosa.
Por fim, abordou ainda o mistério sacerdotal. O sacerdote não é propriedade de ninguém, nem da sua paróquia natural ou da sua paróquia de missão. O sacerdote é da Igreja e de Deus, por isso, terá que estar sempre disponível para exercer a sua missão onde for mais necessário. Todas as comunidades cristãs devem colaborar com os sacerdotes e empenharem-se para que a sua missão seja de Deus e não dos homens ou da vontade dos mesmos.
No dia seis de agosto a Igreja encheu-se de fiéis para viver a Festa e Visita Pastoral. O nosso Bispo estava feliz pela forma como vivemos estes dias. Expressou um carinho e oração especial aos migrantes naturais desta paróquia, aos que nos procuram, aos velhinhos e doentes, às crianças e jovens e a todos os cristãos que mantém esta paróquia viva e a volta de Jesus, o Santíssimo Salvador.
2 – Doentes. É sempre com muita alegria que visito cada doente ou velhinho da nossa paróquia. Santíssimo Salvador os proteja.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 58, nº 651, 16 de agosto de 2024