per Mariam ad Iesum

S. Bernardo de Claraval

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Editorial do Ecos de Penajóia – setembro

ecos setembro - Paróquia de Penajóia

1 – Catequese. Estamos prestes a iniciar um novo ano pastoral com um novo lema e programa. Ainda que não tenha surgido a Carta Pastoral na nossa diocese, sabemos que o lema deste ano será “Recolhei os pedaços que sobraram” (Jo 6,12). Após um ano de vivência intensiva com a JMJ, agora é tempo de reunir os recursos e todas as pessoas para uma renovação eclesial onde os leigos se comprometam mais e melhor na evangelização. A catequese é um dos momentos fortes de formação e crescimento da Fé. Não só para as crianças e jovens, mas também para as suas famílias e comunidade. Neste sentido comprometamo-nos todos a ajudar as nossas crianças a virem à catequese, e na nossa paróquia, começa já no próximo dia 15 de outubro. 

2 – Escola. O ritmo escolar retomou. Após um período merecido de descanso os nossos alunos e professores preparam-se para viver mais um ano letivo de formação. As inquietações são muitas. Ainda que muitos professores tenham entrado para os Quadros de Zona Pedagógica, através da vinculação dinâmica, o fato é que certezas quanto ao seu futuro são poucas ou nenhumas. Alguns destes foram colocados a quilómetros de distância, exigindo tempo para as viagens ou um esforço orçamental para o aluguer de uma casa ou quarto. Longe da restante família ou, quando muito, a ter de levar os filhos para o mesmo agrupa- mento de escolas onde ficou colocado, ser professor hoje é um desafio, uma missão, nem sempre reconhecida pe- los governos e sociedade.

A educação e a consequente aprendizagem é a base para a construção de sociedades mais democráticas, solidárias e justas. Tal realidade só é possível se existirem professores e alunos felizes e motivados. Se é certo que as contra- partidas financeiras, o ordenado, contribuiu para a felicidade, o que nem sempre existe esta condição, também é verdade que ele representa muito pouco se não existirem as condições humanas e físicas com parcerias saudáveis entre encarregados de educação, alunos, Igreja, poder político, comunidade envolvente e escola. A responsabilidade da educação é de to- dos, o sucesso dos nossos alunos e jovens passa pela qualidade e disponibilidade dos professores, mas também pelo olhar atento, próximo das famílias das nossas crianças e jovens. Os professores sabem que a sua missão é de silêncio e de grande paciência, pois cada aluno, cada pessoa, tem o seu ritmo, a sua história de vida, a sua for- ma de estar e curiosidade científica. Por vezes, num grande grupo turma, onde os programas são extenso e com a obrigatoriedade de fazer passar os conteúdos, torna-se difícil particularizar, ir ao encontro de cada um, mas o sentido de uma escola inclusiva, de e para todos, permite que vários pro- gramas e projetos nasçam de motivação e preocupação pelos sucesso dos alunos sejam eles mais lúdicos (orquestra, deporto, arte, pintura…) sejam mais formativos (mentoria, salas de preparação para exames, projetos de voluntariado, visitas de estudo…). Aliados a esta realizada encontramos também a formação espiritual e moral, através da disciplina de Educação Moral e Religiosa, de oferta obrigatória e de inscrição facultativa. Também esta ajuda à construção dos nossos alunos. As escolas por onde tenho passado estão abertas e conscientes desta disciplina, pena é quando a própria família se demite da sua responsabilidade na formação moral e ética, ao não inscreverem os seus filhos nesta importante disciplina formativa. 

3 – Médicos. Continuamos a assistir a uma acentuada ausência de médicos em hospitais e centros de saúde do nosso país, mas continuo a não perceber o porque de serem reprovadas as candidaturas a novas faculdades de Medicina, em Vila Real e em Aveiro. Será para contratar médicos no estrangeiro, quando nós temos excelentes escolas de formação? Ou será antes um capricho das elites? 

 

José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 57, nº 643, 29 de setembro de 2023.  

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