1 – Aniversário. O Ecos de Penajóia celebra, neste mês de janeiro, o seu 55º aniversário. Desde que o P. Armando reiniciou a publicação do Ecos de Penajóia, em 1978, que este não deixou de entrar em nossas casas, trazendo notícias dos acontecimentos e das gentes desta terra duriense. O Ecos é um jornal regional, propriedade da Paróquia, que vive e sobrevive da regularidade dos seus assinantes pagantes. Existe porque as pessoas querem o Ecos, desejam recebê-lo e encontram nele o elo que os liga à sua terra, mesmo que ausentes e espalhados pelo resto do mundo. Às vezes, recebemos um e-mail ou um telefona a dizerem-nos: por favor anule a assinatura do Jornal, o nosso ente querido, natural dessas terras e assíduo leitor, já partiu. A terra só faz sentido para aqueles que nela nasceram e/ou cresceram. Se a nossa narrativa de vida, não passa por uma determinada terra, se aquele lugar não faz parte das memórias da nossa infância e adolescência, não terá nenhum significado. Penajóia diz muito àqueles que aqui nasceram, àqueles que aqui vivem ou que por aqui criam amizades. O Jornal faz parte da terra, identifica o lugar, descreve as tradições culturais e religiosas de um povo, torna a comunidade viva. É, por isso, que os que estão longe devoram cada frase escrita e cada fotografia publicada. Transporta-os ao lugar onde os seus corações mais gostariam de estar. O Jornal é para eles, para os que estão longe, mas também para os que aqui fazem história e permitem que a notícia ou a escrita aconteça. Parabéns, caro leitor, amigo e conterrâneo. O teu interesse como assinante e leitor é a razão de ser de mais um aniversário de existência.
2 – Janeiro. Este mês é marcadamente frio e seco. Não chove desde o Natal. Esta é uma triste realidade, mas será a condição cada vez mais presente. As transformações climáticas estão à vista e fazem sentir as suas consequências. Só não vê quem não quer ver ou quem anda muito distraído. Urge imprimir uma mentalidade cada vez mais ecológica, que respeite o meio ambiente, evitando o desperdício e o excesso de lixo. Não podemos estar à espera que seja o estado, os países ou os outros a impor as regras e medidas. Cuidar do mundo e da nossa casa comum, passa por cada um de nós. Tenhamos a coragem, alteremos comportamentos, cuidemos mais e melhor da terra.
3 – Luto. Muitas das famílias da nossa comunidade estão de luto. Nestes dois meses foram vários irmãos e irmãs que partiram para a casa do Pai. Sabemos que a morte é uma condição natural, todos a vamos viver. No entanto, nunca estamos preparados para receber a notícia de que o nosso familiar partiu, independente da sua idade. Somos um Povo de Fé que acredita na Vida depois da morte. É nessa certeza que sepultamos os nossos mortos e confiantes de que eles(as) intercederão, por nós, junto de Deus Pai.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 625, 28 de janeiro de 2022.