1 – Páscoa. Após dois anos de Pandemia, com reflexo no impedimento das celebrações da nossa Fé, próprias da Semana Santa e Páscoa, a Conferência Episcopal Portuguesa, permite agora, respeitando todas as regras em vigor, que se realizem as procissões e a visita pascal.
A Páscoa, nas nossas terras, é intensamente vivida. A Alegria da manhã da Ressurreição prolonga-se na manifestação do anúncio de Cristo Ressuscitado vivido pela celebração da Eucaristia e partilhado pela Visita Pascal. O compasso, com a Cruz engalanada de flores e cerejas, é acolhido e recebido com Amor em cada uma das casas. O toque dos sinos, os foguetes e o acolhimento dos amigos e familiares marcam o ritmo de uma Páscoa que também se manifesta na Festa, Fraternidade e Partilha.
Na nossa paróquia iremos realizar a visita pascal de casa em casa. Quatro cruzes sairão pelos quatro lugares da paróquia anunciando Cristo Ressuscitado. Não será uma Visita Pascal como nos demais anos. A Visita Pascal pós-pandemia necessita de algumas adaptações tais como: 1) As pessoas devem estar de máscara no acolhimento da Cruz; 2) Entram em casa, com máscara, a Cruz, o presidente e a pessoa da caldeirinha; 3) O presidente inicia a oração da Visita Pascal à qual todas as pessoas respondem; 4) Não é permitido beijar ou tocar na Cruz; 5) As famílias no final da oração fazem uma ligeira inclinação à Cruz; 6) A Cruz não andará de mão em mão; 7) Não se cumprimentará pessoalmente as pessoas; 8) Na eventualidade de existirem doentes, apenas se deslocarão, ao mesmo, a Cruz e o presidente e 9) Deve-se evitar que as pessoas acompanhem o compasso de casa em casa.
Estamos certos de que todos cumpriremos e respeitaremos estas orientações, para que a Visita Pascal, seja um verdadeiro encontro com Cristo Ressuscitado e num respeito pelas normas de segurança, que impeçam o aumento dos casos de Pandemia. Santa Páscoa.
2 – Sínodo da Igreja. A Igreja está a viver a preparação da realização do Sínodo dos Bispos sobre a Igreja, com a designada fase diocesana. As comunidades têm sido chamadas, interpeladas a rezarem e refletirem sobre a sinodalidade de Igreja. É comum ouvir-se que é necessária uma Igreja mais interventiva, mais aberta, acolhedora, onde os cargos e as responsabilidades sejam rotativas, que vá de encontro aos mais vulneráveis, que seja mais ousada na sua evangelização, fraterna e de comunhão. Uma Igreja que se aproxime dos que se afastaram e que compreenda e escute os que estando dentro, vivem como se estivessem ausentes. Uma Igreja que forme e se dê a conhecer. Sem dúvida que estas e outras interpelações serão todas válidas, mas a sua concretização só terá início se cada um dos batizados tomar consciência de que ele é membro do Corpo da Igreja, é Igreja. Se quero e peço para a Igreja ser… eu próprio terei de ser o primeiro a vivê-lo.
3 – Perdão. Não é fácil perdoar, mas é necessário fazê-lo. Sem perdão o Amor morre, a humanidade desaparece. O ódio, a desconfiança, o poder e a inveja ofusca-nos a capacidade para perdoar e compreender o Amor. Não teremos Paz, nem contribuiremos para a sua concretização, enquanto não descermos do pedestal do nosso orgulho para reconhecer que erramos, que fizemos o que não devíamos, e pedirmos Perdão a quem provocamos dano.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 55, nº 627, 31 de março de 2022.