
Damos início a mais um ano de catequese, acontecimento comum à maioria das paróquias da nossa Diocese. Atendendo às características territoriais e agrícolas da nossa paróquia, a catequese só pode começar após a colheita das vindimas. É sempre um momento vivido com muita alegria pela comunidade e, assim desejamos, para as nossas crianças e suas famílias. As crianças fazem falta a uma comunidade, tornam-na mais viva, comprometida e dinâmica. As comunidades resistirão se existirem crianças e jovens a dar continuidade às suas tradições e vivências religiosas. Sabemos que o fenómeno religioso, junto das nossas crianças e adolescentes, não tem o mesmo vigor que noutros tempos. A crescente secularização e indiferentismo faz com que as crianças e adolescentes deixem de frequentar a catequese, participar na eucaristia e de se inscreverem à disciplina de EMRC. Catequistas, párocos e professores inventam estratégias, criam atividades, desfazem-se na preparação das diversas dinâmicas para tornar mais apelativas as sessões de catequese e as celebrações litúrgicas. Tudo para que as crianças adquiram valores cristãos que os ajudarão a serem mais felizes e comprometidos com o mundo e a sociedade.
Se o evangelizador não deve esmorecer procurando transmitir com a mesma verdade, alegria e novidade a mensagem do Evangelho, também é verdade que o anúncio necessita de corações disponíveis para receber essa mesma Palavra. E é aqui que os nossos pais e mães são chamados a intervir. Interpelando, desafiando, trazendo os seus filhos à catequese e às celebrações litúrgicas. Não podemos querer que os nossos filhos frequentem se eu como pai ou mãe não dou testemunho. Quando os pais praticam e vivem com mais ou menos intensidade a sua Fé, esta vivência de um ou de outro modo é transmitido aos seus filhos. Os filhos absorvem muitas coisas de seus pais, e a forma como a Fé é vivida e celebrada é uma delas. Por isso, pais e mães, façam um pequeno esforço e ajudem os vossos filhos a viver o domingo cristão. Não reduzam o domingo a uma caminhada com amigos, a um jogo desportivo, a umas compras no hipermercado, a um trabalho doméstico ou a um passeio. O domingo é também o dia do descanso, da família e da introspeção vivida pela celebração da nossa religião.
2 – Halloween. Abundam de uma forma descontrolada, pelas escolas, cidades ou outros equipamentos comunitários motivos carnavalescos de inverno. Evidenciamos tanto o lado negro, escuro e nostálgico da vida que nos esquecemos do verdadeiro sentido da mesma.
3 – Santos. São de hoje, de ontem e de sempre. Sempre haverá Santos. Alguns reconhecidos pela igreja e com virtudes públicas e heroicas outros escondidos no interior das nossas casas. Esses são os santos ao pé da porta, um exemplo a seguir.
José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 58, nº 653, 31 de Outubro de 2024