per Mariam ad Iesum

S. Bernardo de Claraval

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Editorial do Ecos de Penajóia – Outubro

1 – Eutanásia. A vida humana é única, irrepetível e deve ser defendida em todas as circunstâncias. Pelo simples fato de ser humana, a pessoa goza de um valor inestimável e merece todo o respeito, fazendo dela portadora de um valor partilhado por todas as civilizações e culturas, a dignidade humana. Este valor universal surge como um dom a respeitar e a preservar. Tal condição, e uma vez que em muitas situações é violentado, leva a que a humanidade tenha elaborado códigos cujo objetivo é defender a vida e a dignidade humana. A este propósito o vigésimo quarto artigo da nossa Constituição Portuguesa refere que “a vida humana é inviolável. Em caso algum haverá pena de morte”, que não é mais do que o recalcar do terceiro artigo da Declaração Universal do Direitos Humanos, “todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. Na mesma continuidade, em 2009 foi assinada em Lisboa, a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia onde se volta a afirmar o direito à vida e a proibição de práticas, mesmo na medicina, que tenham como fim a seleção de pessoas ou exclusão das mesmas. Que a vida humana é um valor primordial e que devemos defender a dignidade da mesma parece ser mais ou menos consensual, como manifestam os documentos apresentados ou outros tratados assinados. No entanto, aquilo que consideramos que deveria ser igual para todos, os direitos humanos, independentemente da sua condição de vulnerabilidade, nem sempre o é, a cada passo assistimos a vidas que são desprezadas ou desvalorizadas. 

A tendência natural da humanidade, inscrita na mais profunda essência do nosso ser, é lutar pela sobrevivência, curar, cuidar do outro que clama por nós num contexto de sofrimento ou fragilidade. É neste sentido que estamos preocupados com o aumento de casos Covid 19 e das consequências trágicas para as pessoas de risco. Não queremos que ninguém morra, disponibilizamos todos os recursos possíveis para curar, o mesmo será dizer salvar. 

Enquanto uns, lutam, perdem horas de sono, deixam os seus deveres familiares para manter os cuidados de saúde ativos, outros, esbanjam tempo, recursos económicos e humanos para impedir o referendo, consulta pública, à não liberalização da prática da Eutanásia apenas com único sentido de impor a concretização da mesma, sem tempo para a reflexão ou a oposição. O que será mais importante investir na Vida, nos melhores cuidados de saúde, na investigação científica que favorece muitos ou em práticas para antecipar a morte que privilegiam uns poucos? Nestes tempos importa mais recuperar, curar e salvar ou morrer? 

2 – Pandemia e Pandemónio. É simplesmente assustador o número de casos que surgem a cada dia na Europa e só estamos no início do inverno. Acredito que muitas situações não foram possíveis de controlar, por mais cuidados que tenham existido, mas a generalidade dos casos é porque não respeitamos as regras amplamente divulgadas pela DGS: uso de máscara e distanciamento social. É duro afastarmo-nos dos que mais amamos ou recusar uma festa, um convívio. Estas opções estão nas nossas mãos, se não queremos que a Pandemia se torne num Pandemónio generalizado. 

 

3 – Todos Santos. Este é o grande desafio proposto para o mês de novembro, sermos Todos Santos. A Igreja celebra-o no dia um. Não é algo impossível, nem precisamos de despender tempo extraordinário, apenas o tempo da existência da nossa vida para vivermos ao máximo o Amor pelo Outro. Assim todos seremos Santos. 

 

José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 53, n.º 613, 30 de outubro de 2020 

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