per Mariam ad Iesum

S. Bernardo de Claraval

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Editorial do Ecos de Penajóia – Dezembro

Ecos de Penajóia - dezembro

1 – Natal. No dia em que começo a escrever este artigo, ainda faltam três dias para a celebração do Natal. Estas palavras que fluem à medida que carrego nas teclas do meu computador não chegarão às mãos dos nossos queridos leitores antes do Natal, mas imediatamente nos dias que se seguem. Assim de que Natal poderemos escrever? Do Natal dos receios impostos por esta Pandemia que obriga governos e nações a fecharem fronteiras, a impedirem movimentações ou a proporem a celebração no Natal nos jardins das nossas casas ou a iniciá-lo bem cedo pelo pequeno-almoço com número reduzidos de pessoas? Do Natal daqueles que estão aborrecidos por não puderem deslocar-se para países mais quentes e aí gozarem de umas férias em grande e longe dos gritos angustiantes dos que sofrem ou são perseguidos pela sua cor ou ideologia? Do Natal das luzes, da comida, das prendas e do consumismo? Do Natal de tantos e tantas que estão hospitalizados vítimas desta e de outas doenças ou de luto? Do Natal dos pobres, sem abrigo, dos idosos isolados, tristes e abandonados? Do Natal das crianças e jovens que sofrem as marcas de uma pandemia que esconde os maus tratos a que estão sujeitos? Ou simplesmente do Natal que é silêncio, mistério, beleza, encanto e paz. 

Todas as referências anteriores são importantes. Contribuem para a vivência em comunidade ou para a construção económica, cultural e religiosa das nossas sociedades. O problema é que na generalidade valorizamos o todo em vez do pormenor, o ter em vez do ser, as coisas em vez da Pessoa. Natal só acontece porque Deus quis habitar, invadir o coração da humanidade para lhe oferecer razões de Esperança e de Paz. Deus como que se desfaz em Amor para que o Amor seja partilhado. A beleza do Nascimento de Jesus está envolvida pelo manto da simplicidade e da fragilidade, espelho de tantas vulnerabilidades pelas quais vivemos ou passamos. Mas no meio desta aparente fraqueza e escuridão surge a Luz. Acredito que também no meio desta confusão e perplexidade que vivemos, o verdadeiro Natal pode acontecer. Provavelmente não necessitaremos de fazer grande esforço, não precisaremos de reunir muita gente à nossa volta, nem de andar numa azáfama desenfreada, apenas deixar que o Deus Menino quebre a dureza do nosso coração para o tornar mais frágil e sensível às dores, angústias e pedidos do rosto do meu irmão. Não precisamos de dar nada, apenas tornar-me Presente diante do Outro. Então poderei dizer, celebrei Natal. 

2 – S. José. O Papa Francisco, no dia 8 de dezembro, aquando da comemoração dos 150 anos da declaração, pelo Beato Pio IX, do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, declarou o Ano de S. José até ao dia 8 de dezembro de 2021. A Carta Apostólica, que assinala este acontecimento, Patris Corde, é um hino à grandeza de S. José, pelo seu amor, ternura, obediência, acolhimento, coragem criativa, trabalho e silêncio. José foi um dos grandes da humanidade, mas nunca esteve nas manchetes dos jornais, nem percorreu nenhuma passadeira vermelha para receber um Óscar. José é um homem simples, igual a tantos outros e outras que são decisivos na nossa história. Em S. José estão todas as pessoas que pelo seu empenho, trabalho, dedicação e silêncio fazem o bem. Ao cantarmos um hino de ação de graças pelo que José foi, façamo-lo também por tantos pais e mães, homens e mulheres, lutadores diários e que pelas suas mãos, dão Deus a brilhar aos outros. 

3 – Dia Mundial da Paz. No dia 1 de janeiro celebraremos o 54º Dia Mundial da Paz. Uma vez mais o Papa Francisco propõe como tema “a cultura do cuidado como percurso de Paz”. O nosso Papa é um Apostolo do Cuidar. Cuidar da Humanidade Cuidar da Criação. Não é possível separar um do outro se queremos ser verdadeiros cuidadores. É urgente imprimir uma cultura do cuidado, onde todas as variáveis são importantes a começar pelo compromisso de Educar para o Cuidado. Talvez este seja o tempo favorável para começarmos, nas nossas famílias, a educarmos para o Cuidar. 

 

José Fernando, in Ecos de Penajóia, ano 53, n.º 614, 26 de dezembro de 2020 

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