Não é novidade para ninguém que o mundo ainda continua com sério confinamento social por causa da pandemia COVID-19 e, Portugal não pode fugir às regras impostas pela DGS que tem por finalidade proteger os cidadãos do contágio da doença.
O mês de agosto seria para todo o país um mês de festas e romarias, um vai e vem de pessoas felizes de férias ou não nas suas terras natais ou em romaria aos Santos das suas devoções. Contudo o homem põe e Deus dispõe… pelo que o ano 2020 está a ser um ano diferente, um ano com restrições sociais, um ano com dificuldades inimagináveis que nos preocupa e, de certa maneira, nos deixam ansiosos.
Contudo, Penajóia celebrou em 6 de agosto a Festa de Santíssimo Salvador com toda a solenidade possível. Pároco, Irmandade e Comunidade procuraram, nas condições atuais, programar a Festa de modo a honrar a data mesmo sem os habituais conjuntos, foguetes, banda de música e, mesmo procissão.
Houve uma Festa de caráter mais doutrinal, mais religioso, isto é mais espiritual.
Não houve pregador convidado mas o nosso pároco padre Zé Fernando procurou em cada dia de preparação levar as pessoas a preocuparem-se mais com o serem cristãos de verdade pois a ausência de barulhos até nos poderá aproximar mais de Jesus. Explicou que as dificuldades do momento não impedem de se comemorar o nosso Padroeiro, com quem podemos fazer caminho e construir comunhão para nos tornarmos numa Igreja Viva e mais comprometida. Falou da importância da oração, uma prioridade da nossa vida para a qual não se devem apresentar desculpas. As nossas dificuldades são provações de Deus que vê os Seus filhos alheios à Sua mensagem. Convidou a que subíssemos até ao monte, até Santíssimo Salvador que simboliza o encontro. Jesus também rezava e rezar sempre em família ou não e, uns pelos outros podemos ajudar a tornar o mundo melhor. Celebrar Santíssimo Salvador é sobretudo fazer encontro com Ele pelo que não se deve descorar o Sacramento da Reconciliação, pedindo perdão, abrir os corações à conversão que nos pode levar à santidade.
Ano de pandemia, ano de incertezas, ano de medos, ano sem brilho na Festa do Padroeiro mas ano de Ação de Graças porque Penajóia até à data presente não foi afetado pela peste do COVID, ninguém sofreu a doença nem há pessoas com dificuldades de maior por causa dos seus postos de trabalho.
Na esperança da Fé e unidos pelo amor de Jesus Salvador muitas alegrias e saúde para os nossos leitores, conterrâneos ou amigos.
Maria Teresa Felisberto
Fotos: Vera Sabença
artigo completo disponível in Ecos de Penajóia, Ano 53, nº 610, 17 de agosto de 2020